Pesquisa aponta para redução da população e aumento do número de idosos no planeta

Idosos

Um mundo diferente se aproxima, com populações mais enxutas e idosas, e com um novo olhar sobre a perspectiva de vida. É o que aponta estudo feito por pesquisadores da escola de medicina da Universidade de Washington, recentemente publicado pela revista científica britânica The Lancet. A pesquisa utiliza novas fórmulas para estimar taxas de natalidade, mortalidade e fluxos de circulação de pessoas.

Com as mudanças na pirâmide, em função do aumento da expectativa de vida e redução na taxa de natalidade, a população no planeta vai começar a diminuir. A China cairá de primeiro para terceiro país mais populoso do mundo, Japão, Itália e Portugal devem ter suas populações reduzidas a menos da metade e a lista dos 10 países com mais habitantes no planeta incluirá 5 africanos – hoje, só a Nigéria faz parte dessa lista. Tudo isso, até o final deste século. Para os pesquisadores, depois de alcançar um pico de 9,7 bilhões de pessoas, a população global começará a encolher a partir de 2064 até chegar a 8,8 bilhões em 2100.

E o Brasil? Os autores da pesquisa, que teve entre os financiadores a Fundação Bill e Melinda Gates, apontam que a queda já percebida na quantidade de filhos por família no país deve se intensificar nas próximas décadas. Ao mesmo tempo em que a taxas de natalidade diminuirão, eles apontam que a estimativa de vida dos brasileiros poderá saltar de em torno de 76 anos para uma média de 82 até o fim do século. O resultado direto seria uma população mais velha que a atual – o que também pode significar um encolhimento na economia brasileira

Segundo os autores, a população brasileira saltaria de 211,8 milhões atuais e chegaria ao pico de 235,49 milhões em 2043, quando entraria em queda acentuada, até chegar a 164,75 milhões de brasileiros no final deste século.

O presidente da Fabasa, Luis Reis, lembra que esta tendência mundial aponta para novas perspectivas e necessidades num futuro breve. “Os governos e as empresas deverão estar atentas para um novo olhar sobre a população, especialmente para os mais velhos, que representará um grande contingente”, afirmou. Por outro lado, enfatiza a necessidade de as pessoas estarem preparadas para viverem cada vez mais. “Por isso, a importância de poupar e investir num futuro com mais qualidade de vida”, destacou.